________________________________________________________________________________MACHU PICCHU PUEBLO

Também conhecida por Águas Calientes está localizada às margens do rio Urubamba entre paredões das rochosas montanhas andinas do Peru, nas proximidades de Machu Picchu, "A Cidade Perdida dos Incas". O nome Águas Calientes deve-se a existência no local de uma fonte de águas termais que pode ser visitada pelos turistas "Baños Termales" situada na parte alta da cidade.

A pequena cidade serve como apoio para o visitante que faz um Full Day, partindo de Cusco ou do Vale Sagrado, ou para aqueles que desejarem se hospedar na cidade por um ou dois dias que será suficiente.

*Dicas:

-O único meio de transporte para se chegar a Machu Picchu Pueblo é de trem ou a pé por trilhas Incas.

-Os únicos veículos que existem na cidade são os micros ônibus usados para transfr dos turistas entre Águas Calientes e Machu Picchu.

-O Bilhete para entrar no parque de Machu Picchu não é vendido no local sendo preciso comprá-lo com antecedência e se quiser subir na montanha Hanaypicchu o processo é o mesmo, com a diferença de que são 400 ingressos por dia. No parque é liberada a entrada de 2 mil turistas diariamente.

-Lojas e restaurantes aceitam cartão de crédito.

-Fiquem atentos com os cardápios, os preços dos pratos podem estar em dólares.

-Por questões de higiene não é recomendado tomar banho nas águas termais.

-Hospede-se aqui pelo menos uma noite, assim logo cedinho irá a Machu Picchu.

*QUANDO FOMOS

Machu Picchu fica numa região peruana com muita precipitação pluviométrica no verão, principalmente entre novembro e março, daí não ser aconselhável viajar nesse período. A melhor época para visitar Machu Picchu vai de maio a setembro, embora as temperaturas nesse período do ano sejam baixas, podendo chegar a 0ºC, mas a grande vantagem é que quase não chove, mais especificamente, entre junho e julho. Fomos a Machu Picchu em julho de 2014.

*ONDE FICAMOS

Para quem opta ficar em Machu Picchu por um ou dois dias, o melhor local de hospedagem é a cidadezinha de Águas Calientes, de 20 a 30 minutos de ônibus do Sítio Arqueológico de Machu Picchu. O lugar possui boa infraestrutura de pousadas, hotéis, bares, restaurantes e a última estação de trem que vem de Cusco e do Vale Sagrado.

O mais vantajoso de se hospedar em Águas Calientes é ter a oportunidade de conhecer logo cedinho Machu Picchu, praticamente vazia, e se estiver disposto vá ver o sol nascer na Cidade Perdida dos Incas antes que o primeiro trem chegue à cidade às 10 horas.

*Dicas:

-Hotel Waman - Calle Wiracocha, 202 - Águas Calientes - Machu Picchu – Peru – Hotel novo, aconchegante, bom café da manhã com funcionários muito simpáticos, agradáveis e receptivos.

*O QUE FIZEMOS

Ao planejar a viagem para o Peru, logo decidimos em fazer primeiramente a cidade de Lima, seguindo por Cusco, Vale Sagrado dos Incas e por derradeiro Machu Picchu, lugar mágico e encantador, conhecido também por “A Cidade Perdida dos Incas”, motivo pelo qual que nos hospedamos por duas noites em Águas Calientes.

*Dicas:

-Se for se hospedar em Águas Calientes leve apenas o necessário para um ou dois dias, uma pequena mala de até 8kg é permitido sem custo, acima disso a empresa PeruRail, operadora do trem, costuma cobrar.

-Deixe suas malas maiores em Cusco, os hotéis costumam guardá-las para os hóspedes que vão a Machu Picchu.

1º DIA

Da Estação de Poroy em Cusco partimos, pela manhã, no trem “Vistadome” com destino a Águas Calientes.

No percurso passamos pelo Vale Sagrado dos Incas, margeando o Rio Urubamba, desfrutando de belas paisagens, vilarejos, animais e plantações, todo esse cenário emoldurado pelas altíssimas montanhas rochosas de picos nevados, desfiladeiros e túneis, e após 3 horas e 30 minutos de viagem desembarcamos ao meio dia na Estação de Machu Picchu Pueblo “Águas Calientes”.

A viagem é extremamente agradável, trem confortável, serviço de bordo, parte do teto em vidro e amplas janelas que proporcionam vistas incríveis.

Trem Vistadome - Vale Sagrado - Peru

Da estação seguimos para o hotel, nos hospedamos, e em seguida fomos para o "El Índio Feliz Restaurant Bistrô", comida de qualidade, preço dos pratos na média de outros restaurantes, porém achei as cadeiras e mesas muito desconfortáveis. O local possui decoração interessante!

*Dicas:

-Indo de trem no sentido para Águas Calientes procure viajar nas poltronas da esquerda, pois o trem vai margeando o Rio Urubamba o que lhe permite uma excelente visão da paisagem externa.

-Já tinha lido em outros blogs para ter cuidado com Águas Calientes no que diz respeito a preços elevados e de algumas roubadas.

-Não entrem em restaurante com ofertas de bebidas e outras coisas com preços promocionais, normalmente a qualidade da comida não é boa e na hora da conta, sem se quer constar aviso no cardápio, querem cobrar uma "taxa de serviço", que não é a conhecida gorjeta.

-Cuidado com o Restaurante El Tunqui, esquina da Praça Principal. Como queríamos jantar num restaurante localizado na pracinha de Águas Calientes e todos ficam com funcionários na porta atraindo clientes, entramos atraídos por ofertas de refrigerantes free e de pagamento de 25 soles para qualquer prato, mesmo que o prato escolhido fosse com preço superior. Essas foram às ofertas do funcionário que ficava na porta garimpando clientes.

Pois bem, no momento da conta lançaram 59 Soles a mais como "taxa de serviço", coisa que nenhum restaurante de lá tinha cobrado e nada justificava aquele acréscimo. Não concordamos, reclamamos e acreditem! Disseram que era regra de o restaurante cobrar essa taxa e alegaram que não estavam cobrando refrigerantes. Reagimos firmemente e sabe que aconteceu? Retiraram a tal taxa da conta. Aí veio à outra parte da história, não queriam aceitar cartão de crédito com o estabelecimento repleto de adesivos, "Aceita Visa", reagi novamente afirmando que se não aceitassem iria denunciar o restaurante a operadora do cartão. Resolveram aceitar!

2º DIA

*MACHU PICCHU

Às 6 horas da manhã saímos do hotel acompanhados do guia privativo Aidê Ramos da PTSPERU receptivo, em direção ao ponto de ônibus para Machu Picchu. Em 5 minutos chegamos ao local, muito perto, a cidade é bem pequena, a fila já estava grande, tudo é bem organizado com diversos micro-ônibus, tornando-se rápido o embarque das pessoas.

Dada à partida, segue-se por estrada de terra, extremamente sinuosa, que serpenteia a encosta da gigantesca montanha e à medida que sobe, a vista vai ficando deslumbrante com montanhas cônicas de pura rocha formando o profundo "Cânion do Torontoy" deixando à pequenina, Águas Calientes, cada vez menor e a escutar o som do Rio Urubamba descendo entre pedras, que vai irrigar o Vale Sagrado dos Incas quando lá chegar.

Rio Urubamba - Machu Picchu - Peru

Depois de percorrer por 25 minutos, chega-se a estação de Machu Picchu, hora de entrar na tão esperada visita a "Cidade Perdida dos Incas" - Machu Picchu.

Primeiramente, Aidê nosso guia, nos conduziu pela parte mais baixa do Sítio e a cada passo explicava, quando e por quem o lugar foi descoberto, bem como o que representou Machu Picchu para os Incas. Assim, Aidê foi descrevendo, o Sítio Arqueológico de Machu Picchu: foi descoberto em 1911, pelo norte-americano "Hiram Bingham", está a 2.450 metros acima do nível do mar e foi povoado entre os anos 1450 a 1540 pelos Incas.

Uma pequena pausa! Eram 7 horas da manhã e fomos agraciados com o sol matinal a brilhar entre os elevados picos rochosos, trazendo mais luz e energia ao lugar.

Machu Picchu - Peru

Dando continuidade, o guia informa que as pessoas que lá viveram, cultivavam milho e batata entre outras culturas. Os moradores de Machu Picchu deixaram a cidade antes da chegada dos espanhóis. Mistério! O lugar exala energia e leva o visitante a conhecer um pouco da história dos Incas, uma nação com conhecimento muito avançado para a época.

A cidadela foi construída com gigantescos blocos de pedras cuidadosamente cortados, polidos e encaixados perfeitamente formando as resistentes paredes. Os Incas construíram a cidade com toda estrutura necessária e dividida em dois setores, agrícola e urbano. O Setor Agrícola em terraços para produção de alimentos e o Setor Urbano com casas, praças, jardins, templos e armazéns.  Lhama, como a mostrada na foto, é uma visão comum em Machu Picchu.

A cidade foi edificada em local de difícil acesso, entre duas montanhas, a Machu Picchu e a Huayna Picchu, tornando-a muito protegida, mesmo assim havia muralha e enormes portas, nos arredores vários pontos com casas dos guardiões do povo Inca.

*O Setor Agrícola

Formado por terraços que mais parecem escadas, eram utilizados para a produção agrícola e como proteção da cidadela em épocas de chuvas para não ocorrer deslizamentos de terra. No topo de Machu Picchu encontra-se a Casa do Guardião. Desse local, tenha-se uma vista panorâmica da cidade podendo assim controlar o acesso. Daqui seguimos para o Setor Urbano, parte alto da cidade.

*Setor Urbano

Esta parte da cidade encontra-se dentro de uma grande muralha, que a separa do setor agrícola. Há uma porta de entrada e ao lado uma longa escadaria. A zona urbana está dividida em dois setores, Hanan ou alto e Hurin ou baixo, que estão separados por três praças. O Setor Hanan, reúne a maior parte das edificações e era utilizado para cerimônias religiosas. Já o Setor Hurin, era conhecido como residencial ou funcional. Aqui está a Porta Principal do Setor Urbano.

*Templo do Sol

A incrível construção circular com uma janela em cada lado direcionada para os pontos onde aparece o sol durante os solstícios de verão e de inverno. Solstício é o momento em que o Sol, durante seu movimento atinge a maior inclinação referente à linha do equador. Os solstícios ocorrem duas vezes por ano, dezembro e junho, o fenômeno marca o início do verão e inverno em cada hemisfério. Os Incas usavam as janelinhas do Templo do Sol exatamente para saber quando havia mudança de estação. Muito inteligente o povo Inca!

*O Templo das Três Janelas

Seguindo pelo Sítio Arqueológico, chegamos ao Templo das Três Janelas com uma das vistas mais bonitas de Machu Picchu. Localizado no setor sagrado da cidade, ao lado do Templo Principal, de frente para as belas montanhas. Aqui nosso guia fala sobre as janelas que representam os três níveis em que os incas dividiam o mundo: o céu (vida espiritual), a terra (vida mundana) e o subterrâneo (vida interior). Impressionante!

*A Rocha Sagrada

Ao chegar nesse local, ao meio de tantas construções aparece uma enorme pedra esculpida no formato da montanha que fica por trás dela. O povo Inca cultuava muito a natureza e como se ver, eles imitavam formas naturais porque acreditavam que tinham um caráter sagrado. Vale passar por lá e escutar a história do significado da rocha, para isso não se pode fazer a visita a cidadela sem um guia. Interessante!

Por volta de 11 horas, depois de percorrer o Sítio, nosso guia, Aidê Ramos, deu por encerrado o serviço. O sol estava escaldante e a cidadela cheia de turistas, resolvemos sair, almoçar e retornar depois das 14 horas com mais tranquilidade e menos turistas. Aproveite e faça boas fotos!

*Dicas:

-Hospede-se ao menos uma noite em Águas Calientes, para ir ao Sítio Arqueológico nas primeiras horas da manhã, bem melhor, o Parque estará praticamente vazio até 10 horas.

-Não faça a visita sem contratar um guia, você não entenderá nada. Se não for com o seu guia, contrate um na entrada do Parque.

-Faça a visita pela manhã, sai para almoçar e retorne à tarde que estará mais tranquilo, é bom para fazer fotos.

-Na estação de Machu Picchu há restaurante (muito caro) e lanchonete (ótimos sanduíches, mas o preço salgado).

Machu Picchu - Sua energia nos faz voar sobre as montanhas andinas do Peru

3º Dia - Era 7 de julho data do nosso aniversário de casamento e Águas Calientes amanhecia celebrando o sétimo aniversário da elevação de Machu Picchu, a uma das sétimas Maravilhas do Mundo Moderno. Na Praça Principal da cidade, turistas e população, todos ali, sentados em cadeiras ou no chão assistiam ao desfile comemorativo do evento.

O desfile foi simples e empolgante para esse povo valioso, que resiste em preservar a encantadora cultura Inca, tão atingida e desmontada pela chamada colonização espanhola. No semblante dos nativos, a desfilar, era simpatia e orgulho em preservar Machu Picchu e o Vale Sagrado dos Incas, que no passado, invasores vieram saquear. 

Terminada as comemorações, fomos almoçar no Restaurante Toto's House e às 15:20 retornamos para Cusco no Trem da PeruRail, "VistaDome". Pernoitamos no San Agustin Hotel e logo cedo, seguimos para o embarque no aeroporto de Cusco retornando a Aracaju – Sergipe - Brasil com conexão em Lima e São Paulo.

*Dicas:

-Restaurante Toto's House, Av. Império dos Incas - Águas Calientes - Peru. O Toto's House é um buffet, com boa variedade de pratos, saladas e sobremesas saborosos. Local agradável!

_____________________________________________________________________________________________________________________   Eu Fui e Recomendo - julho de 2014