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______________________________________________________________________________ BUDAPESTE

Budapeste é a capital e maior cidade da Hungria. A cidade tem um ambiente peculiar graças às românticas cadeias montanhosas de Buda, a planície de Peste e o Rio Danúbio de águas cintilantes que divide as duas antigas cidades – Buda e Peste.

O lado Peste concentra a área comercial da cidade com cafés e prédios governamentais, como o Parlamento. O lado Buda é conhecido por abrigar o principal ponto turístico da cidade “O Castelo Real ou Castelo de Budapeste” e por ser uma região residencial e histórica. A arquitetura de Budapeste é marcante e a cidade é muito iluminada, inclusive também chamada de Paris do Leste Europeu, assim como Praga.

O violino é uma tradição húngara e tive a impressão de que todo mundo da cidade sabe tocar o instrumento, pois em muitos lugares da cidade ouvia-se o seu “choro”.

QUANDO FOMOS

Optamos por viajar para o Leste Europeu no início do verão, junho 2013. Nessa época do ano a cidade fica mais calorosa, com muitos turistas, bares e restaurantes lotados, boa opção para quem busca entretenimento e animação. O verão nessa região quase não chove, traz consigo belíssimas paisagens e temperaturas que variam de 16º a 30ºC. Nesse período pós-primavera e início do verão é excelente oportunidade para quem gosta de fotografar e também para quem curte explorar a cidade a pé, isso por causa do clima, nem tão frio e nem tão quente.

ONDE FICAMOS

A melhor hospedagem em Budapeste vai depender muito das preferências de cada viajante, pois, assim como toda cidade grande, a capital da Hungria oferece opções para os mais diversos tipos de público. Mas, como Budapeste possui inúmeros pontos turísticos e concentrados na região central da cidade, tanto do lado Buda com do lado Peste, preferimos nos hospedar no centro do lado Peste, ótima localização para quem curte caminhar pela cidade.

Ficamos 5 (cinco) noites na cidade e nos hospedamos no Novo Hotel Budapest, à Rua Rakoczi – Centro - Lado Peste.

O QUE FIZEMOS

Não ter o que fazer em Budapeste é praticamente impossível, a cidade oferece um grande número de pontos e atrações turísticas para todos os públicos, além de ser considerada uma das cidades mais bonitas da Europa. Para explorá-la adequadamente você vai precisar de, no mínimo, 5 dias para visitar tanto o lado Peste como o Buda.

1º Dia - CHEGADA – Vindo de Lisboa, chegamos ao aeroporto de Budapeste por volta das 16h local, pegamos o transfer rumo ao hotel. À noite fomos jantar e dar um giro rápido para os primeiros contatos com a cidade. Retornamos ao hotel às 22h para o merecido descanso.

2º Dia – LADO PESTE: O MERCADO CENTRAL – Central Market Hall - Às 9h após café da manhã, com mapa da cidade em mãos devidamente marcado com os pontos turísticos da cidade fomos rumo a esse mercado. O lugar tem bela arquitetura foi concebido por Samu Petz e construído no fim do século XIX.

A estrutura do telhado e o sistema de iluminação foram considerados muito modernos para a época. Extremamente limpo, possui restaurantes, lojas de souvenires, cristais, quiosque que vendem frutas, verduras e alimentos. Muito bom passear, comprar lembrancinhas e almoçar. Vamhaz korut 1-3 - Budapeste 1093 - Hungria.

*AS MARGENS DO RIO DANÚBIO

Após o almoço, por volta das 15h, saímos do Central Market Hall rumo ao Rio Danúbio, que fica perto do mercado, para o tão sonhado momento, passear no fim de tarde pelas margens do famoso rio europeu, o Danúbio. Caminhamos pelos dois lados, primeiramente pelo lado Peste, atravessamos a Ponte da Liberdade rumo ao lado Buda.

*A PONTE DA LIBERDADE

É uma obra de János Feketeházy que foi construída em 1894-1899. Primeiro chamou-se Ponte da Casa da Alfândega e depois mudou para Ponte Francisco José. Foi inaugurada por Francisco José, que aplicou na estrutura de ferro da ponte o último cravo de prata do lado de Peste.

Ao meio da Ponte tem-se uma vista ampla do rio e da cidade. Andamos pelo lado Buda seguindo a margem direita do Danúbio passando ao lado de penhascos da Colina de Gellért e retornando para o lado Peste pela Ponte Elisabete que nos proporcionou outra vista espetacular.

*A PONTE ELISABETE

A ponte original foi construída entre 1897 e 1904. Com uma única abertura de 290 metros que ia de uma margem à outra, era considerada a maior ponte com essas características da Europa. Para fazer a ponte atual, Pál Szávoly (1961-64) aproveitou os pilares da antiga.

Chegando ao lado Peste, já era início da noite, encontramos as belas e arrumadas ruas do centro da cidade cheias de lojas, restaurantes, bares e por aqui ficamos para tomar uma saborosa cerveja húngara, jantamos e retornamos ao hotel.

3º Dia – LADO BUDA: O MONTE SÃO GERALDO (Colina de Gellért) – As 9h da manhã saímos do hotel, localizado na mesma avenida que leva até a Ponte Elisabete, para subir o monte São Geraldo com seus 140 metros de altura de onde se tem uma vista esplêndida da cidade de Budapeste. Antigamente esse local era chamado “Montanha Velha”, existindo muitas superstições a ele associadas, como a de que os pagãos atiraram o bispo São Geraldo pelo monte abaixo num barril fechado.

*A ESTÁTUA DE SÃO GERALDO - A estátua do monge missionário foi edificada na colina de Gellért aproximadamente no mesmo lugar onde São Geraldo morreu como um mártir. O monumento, que se ergue na encosta com 40 metros de altura e uma cascata, é algo deslumbrante, especialmente com a iluminação noturna.

Dica: Depois de atravessar a ponte Elizabete, subimos a colina a pé pelas escadas que começam logo abaixo da Estátua de São Geraldo.

*O MONUMENTO DA LIBERDADE (Szabadság Szobor) - Fica no topo da Colina de Gellért, foi erguido em 1947 em homenagem aos soldados soviéticos que livraram a cidade do domínio Nazista. A figura feminina de 14 metros de altura com um ramo de palmeira sobre a cabeça se avista de qualquer ponto da cidade. Outras duas figuras alegóricas de ambos os lados, completam o conjunto. Abaixo da coluna principal fica uma estátua de um soldado vermelho e nomes de militares soviéticos que morreram durante as batalhas de libertação.

*A CIDADELA (Citadela) – Fica no alto da colina de Gellért e próximo ao Monumento da Liberdade - A Citadela foi o abrigo de quartéis feitos ainda no império austro-húngaro e novamente usados na Segunda Guerra Mundial. Atualmente funciona um Hotel. A colina possui mirante e dispõe também de boa estrutura turística com museu, restaurantes, lanchonetes, lojas souvenires. Vale lembrar que estava ventando bastante e um pouco frio na colina.

Num dos restaurantes paramos, tomamos uma cerveja, almoçamos, relaxamos e depois seguimos a pé para o Bairro do Castelo.

Dica: Mesmo no início do verão leve agasalho.

*A COLINA E O BAIRRO DO CASTELO

O bairro do Castelo é um dos lugares favoritos para passear em Budapeste. Uma pequena cidade medieval de ruas estreitas e acolhedoras com candeeiros a gás e monumentos maravilhosos.

A rua principal do bairro chama-se Tárnok e parte da Praça Dísz em direção à Igreja Matias. Casinhas coloridas cercam a praça e a rua.

*O PALÁCIO REAL OU CASTELO DE BUDA

O Budai Vár - Sem dúvida que é o edifício mais imponente do bairro da Colina do Castelo, construído originalmente no século XIII. Reconstruído no século XIX em estilo neobarroco. Sofreu danos durante a Segunda Guerra Mundial e foi novamente remodelado nos anos 50.

Com o passar dos séculos foram construídos vários prédios e o castelo se tornou um complexo de 203 salas que se dividem em Museus e Galerias.

*A FONTE DE MARTIAS

Este conjunto de estátuas em estilo art nouveau fica nos jardins do Palácio Real e foi transportado para esse local durante a reconstrução do Palácio. Representa o rei Matias a caçar e Ilonka Szép, de beleza lendária e um dos falcões reais. As estátuas de bronze são obras de Alajos Stróbl.

*A IGREJA MATIAS

A Igreja Matias (Nagyboldog-asszony – séculos XIII-XIX) – Fica pertinho do castelo de Buda, serviu para a coroação de Matias que reinou durante a época feudal e foi responsável por reconstruir o país. Durante a ocupação turca foi transformada em mesquita. Possui telhado colorida com formas de diamante e as gárgulas. Hoje é um lugar onde se realizam concertos de orquestra, corais e de órgão. A parte inferior da igreja funciona como museu.

*A BASTILHA DOS PESCADORES

Também conhecido como Baluarte dos Pescadores (Halászbástya) – Fica ao lado da Igreja Matias, achei um dos lugares mais bonitos da cidade. Construído entre 1899 e 1905, usando parte da muralha antiga do castelo de Buda, atrás da Igreja Matias. Os miradouros, os terraços e corredores transversais que fazem lembrar um convento, dão uma atmosfera especial ao lugar.

Estátua de Santo Estevão – monumento que fica na Bastilha ou Baluarte dos Pescadores.

*O HOSPITAL DAS ROCHAS

O Hospital (Sziklakórhaz) – Fica também nas imediações da colina do Castelo de Buda na parte baixa da Colina. O hospital foi construído nos labirintos de Budapeste durante a Segunda Guerra. Depois o local foi utilizado como abrigo durante a Guerra Fria. Desde 2007, o local é um museu batizado com o nome de “Hospital nas rochas: Hospital de emergências secretas e abrigo nuclear”. Desse ponto seguimos para a Ponte das Correntes e atravessamos para o lado Peste.

*A PONTE DAS CORRENTES

Chegamos a Ponte das Correntes (Széchenyilánchíd) ao anoitecer, por volta das 20h30, neste momento as luzes da cidade começaram a acender e desfrutamos de inesquecíveis paisagens sobre a ponte vendo as margens do Danúbio sendo iluminadas aos poucos. Sensacional!!! A Ponte foi à primeira de caráter permanente que se construiu entre Buda e Peste.

Foi construída no século 19, sendo uma das pontes mais modernas desse século, tornou-se um símbolo de liberdade quando centenas de pessoas comemoraram a independência do país sobre ela. Feito a travessia, jantamos nas imediações da Igreja de Santo Estevão do lado Peste e seguimos para o hotel.

4º Dia – LADO PESTE – PARQUE DA CIDADE (Városliget) – Saímos do hotel pela manhã, seguimos até a Av. Andrássy que nos leva ao maior parque de Budapeste. Esta área, antes pantanosa, era a zona de caça real. Maria Teresa, a imperatriz, mandou que fosse drenada e se plantassem árvores. O Imperador Leopoldo ofereceu o parque à cidade e no século XIX foi transformado em estilo inglês.

Várias esculturas estão espalhadas no interior do Parque da Cidade, sendo a mais visitada a de um monge que parece a figura da morte com um lápis na mão. Nela está escrito “Anomymvs”, significa anônimo, e existe a lenda do Monge que diz: "Quem pega no lápis traz sabedoria para sua família".

A cidade de Budapeste é famosa pelos banhos termais, inclusive dentro do Parque da Cidade há um hotel onde as pessoas tomam banho, fazem massagens (até a dos peixinhos - pedicure) mesmo sem serem hóspedes.

*PRAÇA DOS HERÓIS

A Praça dos Heróis – É a entrada principal do Parque da Cidade. Na Praça dos Heróis estão estátuas de homens famosos da história do país como do Rei Estevão I (Santo Estevão) responsável por trazer o Cristianismo para a Hungria.

O Monumento do Milênio também está na praça e foi erguido para a comemoração dos mil anos da fundação da nação húngara. Na praça possui algumas aberturas no chão, como se fossem bocas de lobos, por onde saem vapores de águas subterrâneas que alcançam até 74°C.

*A GALARIA DE ARTE

A Galeria está num edifício imponente situado do lado direito da Praça dos Heróis é a maior sala de exposição da Hungria. Construído no ano 1895 em conjunto com o Museu de Belas Artes que também fica na mesma praça.

*O CASTELO DE VAJDAHUNYAD

O Castelo localiza-se no interior do Parque da Cidade, também conhecido como Castelo de Drácula, sua construção foi finalizada em 1896 para a comemoração do milênio da criação do Estado Húngaro.

A entrada do castelo lembra a dos palácios medievais. Nele funciona o Museu da Agricultura. No final da manhã, deixamos o parque, seguimos pela Avenida Andrássy sentido centro da cidade.

*A ÓPERA ESTATAL E AVENIDA ANDRÁSSY

Ópera é a pérola neorrenascentista da Avenida Andrássy, construída entre 1875 e 1884, segundo o projeto de Miklós Ybl. Centro de música desde a sua inauguração.

A Avenida Andrássy é um Boulevard emblemático de Budapeste, que remota ao ano de 1872. Sofisticada, fica no lado de Peste, e para quem gosta de moda é o paraíso das marcas e grifes famosas, possui também inúmeros cafés e restaurantes. A avenida é repleta de edifícios renascentistas.

Na avenida Andrássy, nº 60, encontramos um edifício que nos chamou muito à atenção, com flores nas janelas, cartas, fotos de pessoas em plaquinhas como se fossem jazigos, parecia um velatório ou cemitério. Na verdade nesse prédio, com celas de torturas, funcionou a sede da Polícia Secreta até 1989. As pessoas de lá contam que quando alguém recebia uma intimação para comparecer a aquele lugar, despediam-se da família e era a maior tristeza, pois sabiam que nunca mais voltariam! Hoje é um museu.

Na Andrássy, próximo ao Teatro Ópera, encontramos o restaurante Casa Brasil e lá almoçamos uma picanha argentina acompanhada de caipirinha de aguardente brasileira. Muito bom!

*OS SAPATOS DO DANÚBIO

Os sapatos as margens do Rio Danúbio – Inaugurado em 2005, é um memorial em homenagem aos judeus, vítimas do Movimento Fascista Húngaro.

Os judeus foram assassinados na beira do Rio Danúbio e os sapatos de ferro representam que ali ficaram abandonados.

*A BASÍLICA DE SANTO ESTEVÃO

Basílica de Santo Estevão (SzentInstván Bazilika) – É a principal igreja da cidade, cuja construção se iniciou em 1851, em estilo clássico, foi concluída em 1905 em estilo eclético, pois, vários arquitetos se alternaram durante a construção e todos queriam colocar seu toque a catedral. Seu interior é luxuoso, toda dourada, feita com vários tipos de mármore.

Daqui, no meio da tarde, retornamos para o hotel e à noite fomos jantar no restaurante da Ópera na Av. Andrássy, com música Zíngara, danças típicas e Árias de Óperas famosas acompanhadas de um Quarteto Musical.

5º Dia – CRUZEIRO NO DANÚBIO – Após um giro pelo centro histórico da cidade, no final da manhã embarcamos para fazer um Minicruzeiro pelo Danúbio. Como o rio passa pelo centro de Budapeste, durante o passeio de barco vistas das duas margens do rio proporcionam uma experiência inesquecível, a exemplo do Castelo de Buda, o Parlamento e passar sob as belas pontes que ligam Peste a Buda.

A duração do passeio é de duas horas, serve almoço tipo buffet, comida saborosa, ótima qualidade e acompanhada de vinho. Qualquer que seja o motivo da sua viagem a Budapeste desfrute da cidade vista do majestoso rio Danúbio! Final do passeio. Fomos visitar o Parlamento Húngaro.

*A CASA DO PARLAMENTO

A Hungria fazia parte do Império Austro-húngaro. Em 1867 a Hungria recebeu o direito de fazer sua própria constituição, portanto nada mais justo que um prédio para o Parlamento. Foi então que o imperador Francisco José começou um ousado projeto inspirado no Parlamento de Londres.

A Casa do Parlamento fica às margens do Rio Danúbio e foi construído entre 1885 e 1904. Visitar essa Casa é conhecer um dos mais bonitos Parlamentos que já vi, tanto por fora como por dentro.

Depois da visita ao Parlamento, já era final de tarde, fomos para Café e Confeitaria Gerbeaud localizado na Praça Vörösmarty tér - Centro - Lado Peste.

*CITY TOUR BUDAPESTE ILUMINADA

Durante o passeio por Budapeste iluminada passamos pelo Parlamento, pelas vias que margeiam o Danúbio, atravessamos a Ponte Elisabete e seguimos até a Cidadela (Citadela) onde fizemos uma breve parada, ideal para fotografar o Castelo Real na parte de Buda e apreciar a beleza da cidade com seus monumentos bem iluminados. Do mirante da Cidadela, temos uma vista incrível do Bairro do Castelo, das pontes sobre o rio e da Igreja de Matias.

A continuação do passeio foi cruzar a Ponte das Correntes para ir até o Parque da Cidade e no nosso caminho passamos pela Igreja de Santo Estevão, a Avenida Andrássy, o Teatro da Ópera, a Praça dos Heróis e caminhamos pelo Parque da Cidade apreciamos a iluminação do Castelo de Drácula e voltamos ao hotel. Muito Bom admirar o panorama deslumbrante da Budapeste iluminada.